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É a nova tecnologia uma lufada de ar fresco para a imaginação? Programação, software e criatividade: onde ficam? - estas questões servem como um mote para o início desta série filmadas durante o Sónar 2017 em Barcelona.
No contexto do Sónar+D 2017, decidimos falar com alguns dos artistas convidados acerca dos seus trabalhos e motivações, refletindo sobre o futuro e onde nos levará. Na verdade, o futuro é algo complicado de prever ou até refletir e foi engraçado ver como alguns dos artistas preferem fugir à questão.
Continua a ler e fica a conhecer as ideias de Darius Kazemi, Sean Caruso, Nonotak, Memo Akten, Tarik Barri e Boris Chimp 504 - foram todos entrevistados durante dias muito quentes nos Jardins de Montjuic (Barcelona).
Conversas sob o mote "The Future is Now"
A maioria dos artistas entrevistados salientou que a tecnologia emergente é inevitável para a arte, tal como qualquer outra ferramenta que tenha sido inventada e tenha sido preponderante numa determinada altura, como os lápis ou os pincéis. Os artistas adaptam-se às novas invenções e têm a oportunidade de se deixarem inspirar por elas.
“
Quando as pessoas me fazem perguntas sobre o futuro, eu penso sempre que se eu soubesse como ia ser o futuro ou tivesse alguma ideia, não estaria aqui.
”
- Darius Kazemi
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DARIUS KAZEMI, um artista da Internet, dá-nos uma ideia sobre a relação entre criatividade e tecnologia. Ele afirma que os computadores conseguem “pensar” de formas que as pessoas não conseguem, o que leva a nossa criatividade a outro nível e pode resultar em ideias fora do comum.
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SEAN CARUSO fala sobre o espaço da cúpula e o seu trabalho no departamento de imersão com imagem 360 e performance sonora. Trata-se de uma experiência participativa partilhada, aberta à experimentação, em contraste com a perceção única que as pessoas têm do seu próprio ambiente.
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Através de instalações artísticas e espetáculos, o estúdio NONOTAK, sediado em Paris, explora o espaço, a luz e o som. O mapeamento foi o seu ponto de partida para aprender noções sobre camadas e pontos, que se tornaram uma base importante para explorações posteriores e para projectos maiores.
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MEMO AKTEN retrata a Internet como um meio para uma melhor perceção do mundo e para a reflexão. Acredita que as nossas divindades evoluíram para se tornarem divindades digitais - a igreja costumava ser a prevalência da arte e da cultura, mas agora empresas como a Google ou o Facebook estão a ocupar esse espaço.
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Através da programação, TARIK BARRI cria um mundo virtual que desafia as percepções comuns de som e imagem. Explora a música audiovisual e a narração de histórias abstratas, proporcionando ao público uma espécie de “cabide” metafórico para as suas emoções.
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A dupla portuguesa BORIS CHIMP 504 junta som e imagem, criando histórias audiovisuais. Concordam que, uma vez que as máquinas foram criadas por humanos, não podemos falar da sua incompatibilidade connosco, e que ter novas ferramentas para operar só pode trazer melhores resultados.
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A tecnologia emergente é inevitável para a arte, tal como qualquer outra ferramenta que tenha sido inventada e tenha sido preponderante numa determinada altura, como os lápis ou os pincéis. Os artistas adaptam-se às novas invenções e têm a oportunidade de se inspirarem nestas novas ferramentas emergentes.
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