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Thoughts on Collectivism é um filme rodado em Den Haag (NL) durante o TodaysArt.
Perguntamos a cinco pessoas diferentes de toda a Europa para discutir novas formas de movimentos coletivos e os nossos desafios na era digital.
Durante o TodaysArt falamos com Bogomir Doringer, Manuel Beltrán, Gauthier Roussilhe, Liisa Janssens e Daniel Erlacher e dividimos os seus pensamentos em cinco tópicos: movimento, direitos, responsabilidade, ética e exigências.
O nosso movimento com Bogomir Doringer
Até que ponto os nossos movimentos noturnos de dança são indicadores de impulsos sociais e políticos?
Bogomir Doringer estava curioso sobre isso e a sua pesquisa transformou-se em "I Dance Alone" (Danço Sozinho). O projeto consiste em usar uma visão geral para explorar a dinâmica das pistas de dança dos clubes. Bogomir recorda os anos 90, quando fugia dos bombardeamentos em Belgrado no Club Industria. Agora reconhece o medo no seu comportamento e no dos outros.
“
Quando observas a multidão através de uma visão geral, parece um monte de corpos numa pista de dança, mas ainda assim há indivíduos que se destacam. (...) Podemos de alguma forma dizer que estas dinâmicas são o espelho dos ambientes políticos sociais?
”
- Bogomir Doringer
Os nossos direitos com Manuel Beltrán
Sempre que interagimos em linha, alguém está a lucrar com isso e Manuel Beltrán evoca a necessidade de os utilizadores lutarem pelos seus direitos democráticos.
Manuel Betrán acredita na união dos utilizadores de dados para alcançar uma democracia saudável. Como equilibrar a nossa utilização livre da Internet com o lucro que as grandes organizações retiram da mesma? A Internet é um espaço de liberdade, mas também coloca os nossos direitos numa posição delicada.
“
Cada vez que produzimos uma interação online, cada vez que abrimos o nosso Facebook e fazemos scroll down, estamos a produzir capital. (...) Nesta indústria de big data, precisamos de encontrar formas de organização política colectiva para tentar lutar pelos nossos direitos.
”
- Manuel Beltrán
A nossa responsabilidade com Gauthier Roussilhe
Os interesses económicos comprometem muitas vezes a conceção. Para Gauthier Roussilhe, a complexidade é a chave.
Por causa do interesse económico, por vezes a responsabilidade do design é ignorada. O designer e escritor Gauthier Roussilhe acredita que o design e a política nunca devem estar separados. Os designers têm de abandonar os seus locais de trabalho e começar a encontrar pessoas - as coisas mais complexas que existem.
“
A única forma de o design evoluir como uma disciplina sã é começar a mediar a complexidade.
”
- Gauthier Roussilhe
A nossa ética com Liisa Janssens
A investigadora Liisa Janssens afirma que as inovações dos algoritmos não têm necessariamente em conta a ética.
A Liisa é responsável por garantir que a ética é tida em consideração no domínio da inovação tecnológica. Um produto tem de estar pronto para o mercado, tanto a nível comercial como social. Os nossos valores humanos e democráticos devem estar implícitos no contexto da dinâmica dos algoritmos.
“
A ética, por si só, é muito fácil de mistificar.
”
- Liisa Janssens
As nossas exigências com Daniel Erlacher
Daniel Erlacher, fundador do Elevate Festival, sabe exatamente o quê.
“
Estamos numa situação distópica muito perversa, em que partilhamos as nossas redes e comunicações com uma multiplicidade de empresas que extraem lucros das nossas redes e comunicações.
”
- Daniel Erlacher
De acordo com Daniel Erlacher, devemos ser capazes de
#1 Exportar os nossos dados das plataformas em linha
#2 Ter o direito à privacidade online
#3 Ter o direito de desaparecer para sempre
#4 As instituições públicas devem utilizar software de código aberto
#5 As empresas precisam de facilitar as redes abertas
Thoughts on Collectivism reflete sobre os nossos direitos, exigências e comportamentos sociopolíticos, enquanto utilizadores de plataformas e serviços digitais. As questões éticas colocam-se quando somos simultaneamente os produtos e os produtores desses serviços.
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