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À medida que o final do ano se aproxima, olhamos para trás, para um ano que explorou questões em torno do coletivo e também do futuro. Encarando 2020 como um ponto de viragem, de um ano e de uma década, estamos a refletir sobre diferentes tópicos nas artes e na sociedade e a olhar para os temas e questões que os definirão nos próximos dez anos.- Como será a próxima década?
Para o Thoughts On The Next Decade, convidámos 10 artistas e pensadores da nossa rede para responderem a algumas questões críticas e apresentarem as suas previsões sobre o que será a próxima década, segundo as suas perspetivas. Cada episódio desta série tenta emular a ideia de uma cápsula do tempo, em que cada artista ou pensador convidado começa o vídeo com a data em que foi gravado.
No final, um grupo de pessoas de diferentes pontos do globo e com uma conexão ao Canal180, transportam uma coleção de pensamentos à memória coletiva. O resultado final são séries que juntam pensamentos na música, cultura, ativismo, festivais, fotografia, plataformas online, arquitetura, tecnologia e espiritualidade, e de que forma estes irão evoluir nos próximos 10 anos. Uma cápsula do tempo cheia de Thoughts On The Next Decade.
PARTE 9: SERÁ MAIS DIFÍCIL TER UM CINEMA MAIS PLURAR NA PRÓXIMA DÉCADA?
COM ALLIE AVITAL
Será que o cinema se vai tornar menos importante ou vai reconquistar um espaço na consciência coletiva? Para responder às nossas perguntas sobre cinema e cinema, convidámos Allie Avital, uma realizadora nova-iorquina que apresentámos na temporada deste ano do Diretor ID. Na nona parte de Thoughts on the Next Decade, Allie Avital fala-nos da importância do cinema na próxima década.
Nascida e criada em Nova Iorque, Alie Avital realizou vídeos para School of Seven Bells, The Pains of Being Pure at Heart, The Mutual Benefit, Moses Sumney and Autre Ne Veut entre outros. A sua formação artística influencia-a - o seu pai era cenógrafo de ópera e ela cresceu a estudar artes, evoluindo mais tarde para o cinema através das artes visuais e da realização de espetáculos. A sua primeira curta-metragem narrativa, “Naked Woman”, foi selecionada para a sétima edição da Bienal de Cinema de Veneza.
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Por um lado, é muito interessante que os jovens realizadores tenham tanto acesso a materiais e tudo isso. Por outro lado, atingimos definitivamente uma espécie de pico do tipo de filme muito restrito que está a chegar às salas de cinema.
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Allie Avital
PARTE 8: DEVERÁ O FORMATO LONGO SER ADOTADO COMO FORMA DE CONTEXTUALIZAR O TRABALHO ARTÍSTICO NA PRÓXIMA DÉCADA?
COM ELIA EINHORN
São os longos formatos uma forma de contextualizar o trabalho artístico na próxima década? Para responder às nossas questões nesse tópico, convidámos Elia Einhorn, o apresentador e produtor do Talkhouse Podcast e da Pitchfork Radio, que conhecemos quando o entrevistámos para o nosso vídeo do Chicago Midwinter no início deste ano. Na oitava parte de Thoughts on the Next Decade, Elia Einhorn fala-nos da importância dessa conversa.
Elia Einhorn é apresentador e produtor do Talkhouse Podcast e Pitchfork Radio. Elia também organiza as noites de DJ em Brooklyn “This Is Britain!” e “Indiepop Student Disco”. Foi o vocalista da banda indie-punk aclamada pela crítica The Scotland Yard Gospel Choir (Bloodshot Records) e é o compositor/produtor do novo projeto com base em colaborações Fashion Brigade.
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Trata-se de vozes diferentes que falam para as suas próprias comunidades e essas comunidades podem ser definidas de muitas maneiras diferentes.
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Elia Einhorn
PARTE 7: COMO SERÁ A IDENTIDADE EUROPEIA REMODELADA PELOS MEDIA NA PRÓXIMA DÉCADA?
COM MARIJE MARTENS
Como irão evoluir as narrativas europeias na próxima década? E qual é o papel dos meios de comunicação social na sua reformulação ou na promoção de conversas sobre as mesmas? Para responder às nossas perguntas, convidámos Marije Martens, co-fundadora e editora de Are We Europe, uma plataforma que oferece uma perspetiva alternativa sobre a Europa. Na sétima parte de Thoughts on the Next Decade, Marije Martens fala-nos sobre a forma como os meios de comunicação social mediáticos, responsáveis e colaborativos podem promover conversas sobre o tipo de Europa que queremos criar.
Marije Martens é co-fundadora e editora da Are We Europe - uma coletiva de jornalistas e criadores de conteúdos europeus. Na sua plataforma, a Are We Europe informa sobre o estado frequentemente negligenciado e em constante mudança da identidade europeia, capacitando os aspirantes a jornalistas europeus que estão a explorar o tema.
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Para que a democracia europeia funcione corretamente, o que, com razão, nem sempre é visto como tal, precisamos de criar um meio de comunicação social que faça com que as pessoas compreendam quais são os diferentes futuros da Europa que podemos escolher e que podemos discutir
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Marije Martens
PARTE 6: COMO PODEMOS TORNAR AS COISAS INTERESSANTES NA PRÓXIMA DÉCADA?
COM JOHANN WALD
Como é que a música vai evoluir na próxima década? Que tipo de movimentos é provável que surjam? Para responder às nossas perguntas sobre a música da próxima década, convidámos Johann Wald, um DJ, ator e apresentador de televisão espanhol que atualmente produz e apresenta uma série de programas na Rádio Primavera Sound. Na sexta parte de Thoughts on the Next Decade, Johann Wald fala-nos da forma como pensa que podemos manter a música interessante na próxima década.
Johann Wald seleciona música há mais de 15 anos como VJ para a MTV, bem como para numerosos canais de televisão e rádio. É DJ, ator e apresentador de televisão espanhol, que atualmente produz e apresenta uma série de programas na Radio Primavera Sound, um novo e reconhecido conceito de canal de rádio.
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Espero que as gerações mais jovens comecem a ficar entusiasmadas e ambiciosas em relação a pegar em instrumentos, novamente.
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Johann Wald
PARTE 5: COMO PODEMOS ESTAR ABERTOS A NOVAS REALIDADES NA PRÓXIMA DÉCADA?
com VINCENT MOON
A sociedade está cheia de informação e com ela vem uma espécie de arrogância que nos faz pensar que podemos encontrar e saber tudo. E isso fez-nos refletir. Como podemos estar abertos a novas realidades na próxima década e ir à procura delas, saindo das nossas próprias bolhas intelectuais? Na quinta parte de Thoughts On The Next Decade, Vincent Moon, um cineasta independente francês, apresenta as suas ideias sobre rituais e espiritualidade na era digital.
Nascido em Paris, Vincent Moon (nome verdadeiro Mathieu Saura) é um cineasta independente que viaja pelo mundo com a sua câmara, documentando experiências relacionadas com a música, desde concertos de rock a rituais xamânicos raros, experiências em eletrónica ou canções de aldeia a cappella. Conhecemos Vincent em 2014 e destacámos o seu trabalho num episódio do 180ID.
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A era digital é o despertar espiritual, mas estamos a demorar muito tempo a apercebermo-nos disso.
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- Vincent Moon
PARTE 4: QUE TRANSFORMAÇÕES OCORRERÃO NO ESPAÇO PÚBLICO E NA FORMA COMO HABITAMOS AS CIDADES?
com VERE VAN GOOL
Para responder às nossas perguntas sobre o papel da arquitetura no desmantelamento da hierarquia social na próxima década, convidámos Vere Van Gool, uma curadora e escritora sediada em Nova Iorque. Para o quarto episódio de Thoughts On the Next Decade, convidámos Vere Van Gool para falar sobre o futuro dos espaços em que vivemos.
Vere van Gool é uma curadora e escritora que vive em Nova Iorque. Atualmente, trabalha como Diretora Associada e Curadora no IdeasCity do New Museum - uma residência e fórum que explora o papel da arte e da cultura para além das paredes do museu. É também professora, atualmente na Graduate School of Design da Universidade de Harvard. O seu trabalho tem sido apresentado na Architectural Review, ArtNet, Crash Magazine, Document Journal, I-D Magazine e New York Times.
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O que devemos fazer é olhar para a natureza, aprender com a natureza para descobrir processos naturais de design e coabitação que utilizem materiais naturais e sistemas climáticos para criar lugares e locais sustentáveis e agências para as pessoas viverem juntas.
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- Vere Van Gool
PARTE 3: COMO É QUE A FOTOGRAFIA VAI EVOLUIR NA PRÓXIMA DÉCADA?
com TANIA FRANCO KLEIN
Para apresentar previsões sobre a evolução da fotografia na próxima década, convidámos Tania Franco Klein, uma fotógrafa mexicana cujo trabalho evoca uma nostalgia de um paraíso perdido, altamente influenciado pelo seu fascínio em tentar compreender a psicologia da nossa sociedade contemporânea. Neste episódio, ela apresenta as suas previsões sobre a evolução da fotografia num mundo saturado de imagens.
O trabalho de Tania Franco Klein é altamente influenciado pelo seu fascínio pelo comportamento social e práticas contemporâneas como o lazer, o consumo, a sobre-estimulação dos media, a desconexão emocional, a obsessão pela juventude eterna, o sonho americano no mundo ocidental e o impacto que estes têm na nossa vida quotidiana. O seu trabalho tem sido exposto em toda a Europa e nos EUA e tem sido apresentado em publicações internacionais, incluindo a Aperture Foundation, The British Journal of Photography, The Guardian, Paris Review, Vogue Italia e The New Yorker.
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Espero que consigamos criar menos, mas com mais significado e que estejamos mais conscientes de que “estamos a tirar algo ou a fazer algo?”. De certa forma, a economia da imagem.
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Tania Franco Klein
PARTE 2: NESTE MUNDO ONLINE EXCESSIVAMENTE SATURADO, QUAL É O VALOR DA NOSSA ATENÇÃO?
com LUCY BLACK-SWAN
Lucy Black-Swan é a co-fundadora da Internet Age Media, um grupo de empresas que explora as implicações das tecnologias digitais no futuro do Planeta e, por isso, achámos que ela era a melhor pessoa para fazer as nossas perguntas sobre o futuro das nossas relações com a Internet.
No segundo episódio de Thoughts on the Next Decade, fala-nos da necessidade de estarmos atentos ao lugar das plataformas da Internet no nosso mundo e nas nossas vidas e de mudarmos para um pensamento a longo prazo, tanto no que diz respeito a cuidar das nossas mentes como do planeta.
Lucy co-fundou a Internet Age Media (IAM) com Andrés Colmenares. A IAM desenvolve projetos não convencionais de investigação, curadoria e comissionamento através de parcerias criativas com instituições culturais. Também gere uma série de iniciativas experimentais, incluindo o IAM Weekend, um evento sobre o futuro da Internet em Barcelona, onde filmámos Thoughts on the Future(s) of the Internet no início deste ano.
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Não podemos normalizar a omnipresença do Facebook, Instagram, Twitter ou Google nas nossas vidas. É importante que nos tornemos mais conscientes do valor da nossa atenção.
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- Lucy Black-Swan
PARTE 1: COMO É QUE O ATIVISMO E A SOCIEDADE POLÍTICA VAI EVOLUIR NA PRÓXIMA DÉCADA?
COM DANIEL ERLACHER
Para responder às nossas perguntas sobre a forma como o ativismo e a sociedade política irão evoluir na próxima década, convidámos Daniel Erlacher, que já tínhamos conhecido quando o entrevistámos para o Thoughts on Collectivism. Neste primeiro episódio de Thoughts on The Next Decade, Daniel Erlacher fala sobre o papel que a tecnologia e a geração mais jovem de activistas, que está a surgir à luz do debate sobre a crise climática, irão desempenhar na mudança da forma como protestamos.
Daniel Erlacher é co-fundador do Elevate Festival em Graz, Áustria, que é um dos festivais We Are Europe que combina música, arte e temas políticos. Coordena a parte discursiva do festival de documentários e a transmissão em direto do canal Elevate Media. Pode encontrá-lo regularmente a comunicar sobre temas como os media públicos e sociais, a comunicação descentralizada, a proteção de dados, a geopolítica e os direitos humanos.
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Nos próximos dez anos, penso que os ativistas terão de aprender que não podem confiar em sistemas como o Facebook ou outros sistemas controlados centralmente. (...) Temos agora uma geração que é chamada de “nativos digitais”, mas será que são realmente “nativos digitais” ou nasceram num mundo de Google e Apple nos seus dispositivos e sem alternativas?
”
- Daniel Erlacher
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A arte tem sido uma forma de expressão e comunicação desde os primórdios da humanidade. Hoje em dia, as peças de arte que moldaram um certo período da história são as mesmas que influenciam os artistas de hoje nas suas mais diversas criações. Da pintura à fotografia, os nossos conteúdos centram-se nos processos tradicionais e digitais.
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